O vereador Thammy Miranda (PL), de 39 anos, revelou que sua mãe, a cantora Gretchen, o levou para ser exorcizado na igreja durante sua adolescência.
Em entrevista ao podcast “PodC”, do apresentador Celso Portiolli, Thammy contou que Gretchen não aceitou o namoro dele com uma menina. Na época, o vereador ainda não se identificava como um homem trans.
“Eu tinha 16 ou 17 anos, foi quando ela descobriu que eu estava namorando uma menina. Para ela, assim, foi um baque. E hoje eu tenho um filho, eu entendo, vem muitas preocupações […] Ela não soube lidar com isso e, na época, ela estava naquela fase evangélica ferrenha mesmo, uma fase que a pessoa parece que fica meio fanática. Ela falou: ‘Não, a gente precisa ir à igreja, você vai passar por aquele exorcismo porque você está com o espírito da homossexualidade’. E eu fui”, contou.
Casado atualmente com Andressa Ferreira, o político afirmou não ter ficado com raiva da mãe e que a experiência de “ser exorcizado” foi um momento cômico.
“Foi a coisa mais engraçada da minha vida. Primeiro, uma vergonha surreal de ficar lá na frente [no altar da igreja] com todo mundo te olhando. E aí fui lá na frente […] e o pastor começa a exorcizar, bota a mão na cabeça, chacoalha para um lado, chacoalha para o outro, eles batem o pé”, disse Thammy, que continuou.
“[Eu pensei] ‘Oh, meu pai do céu, se tiver que sair [o espírito da homossexualidade], sai logo, para ir mais rápido’. Perguntou o nome do espírito e eu olhei para a cara dele e falei ‘Thammy’. Parece piada, mas eu vivi isso. Ele chacoalhou e não saiu nada”, riu o vereador.
Por fim, o político, que hoje é evangélico, só aceitou ir à igreja “ser exorcizado” com uma condição.
“Combinei com minha mãe que iria e que se não saísse nada ‘você vai parar de encher o meu saco com isso porque é a minha realidade, é quem eu sou’. E foi isso. Depois na igreja falaram para eu voltar mais sete terças-feiras e nunca mais fomos”, finalizou.