A separação de pais e mães é um tema que frequentemente gera preocupações acerca do impacto emocional nos filhos. A alienação parental e o abandono afetivo são questões relevantes envolvendo atitudes que afetam o bem-estar psicológico das crianças. Para esclarecer esses assuntos complexos, O advogado Augusto Bastos da Vara de Família, esclareceu os aspectos legais e emocionais dessas situações.
De acordo com o advogado, a alienação parental é legalmente definida como a interferência na formação psicológica de uma criança ou adolescente, realizada por um dos genitores, avós ou responsável legal, com o propósito de criar aversão em relação ao outro genitor. "Esse comportamento prejudicial pode englobar comentários negativos sobre um dos pais, manipulação das crianças e outras ações que buscam estabelecer uma separação emocional entre o filho e o genitor alvo", esclarece.
Augusto Bastos enfatiza que o sistema jurídico trabalha para restabelecer uma convivência saudável entre os genitores e os filhos. "O juiz pode, a pedido ou por iniciativa própria, envolver o Ministério Público para avaliar a situação biopsicossocial da família e com base nessa avaliação, medidas podem ser adotadas visando promover a reintegração familiar, no entanto, a maturidade dos pais em dialogar e separar a dissolução conjugal dos cuidados com os filhos é fundamental para prevenir danos emocionais", pontua.
O advogado ressalta que, apesar da abordagem jurídica, a área de direito de família está profundamente ligada a aspectos emocionais e psicológicos para minimizar traumas, é crucial manter o diálogo entre os pais e cultivar a maturidade.
Augusto Bastos também pontuou sobre o abandono afetivo, que é uma preocupação crescente. "Diferentemente da alienação parental, que envolve ações de um genitor para alienar o outro genitor, o abandono afetivo ocorre quando um dos genitores ou responsáveis negligencia o cuidado e a atenção emocional da criança", esclarece.
"A discussão sobre alienação parental e abandono afetivo revela a complexidade das questões emocionais e legais decorrentes da separação dos pais. É muito importante focar no diálogo, maturidade e foco no bem-estar das crianças para minimizar o impacto emocional e proteger sua saúde mental", finaliza o advogado Augusto Bastos.