Segunda, 25 de Novembro de 2024
Feira de Santana Alfabetização

Prefeitura investe em ações para cumprir meta de alfabetização na idade certa

O processo de alfabetização é, de forma simples, a apropriação da leitura e da escrita, mas que não pode acontecer dissociado de práticas de letramento.

09/09/2023 às 06h42
Por: Redação Feira Em Pauta
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Foto: Divulgação
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A alfabetização envolve mais do que apenas decodificar, ou seja, ler o que está escrito. Este processo tão importante abrange o letramento e possibilita a compreensão e interpretação do que está sendo lido. Assim, o Indivíduo também consegue expressar-se de forma eficaz por meio da oralidade e escrita.

"O processo de alfabetização é, de forma simples, a apropriação da leitura e da escrita, mas que não pode acontecer dissociado de práticas de letramento. Pois, só com o conjunto será possível que a criança faça o uso social desse aprendizado, logo, o texto ganha sentido", explica a professora Jamille Souza de Oliveira, especialista em Alfabetização e Letramento da Secretaria de Educação.

A pedagoga ainda pontuou que "alfabetizar também é um esforço coletivo que passa por todas as áreas do conhecimento e vivências quando falamos dos Anos Iniciais (1º ao 5º ano) do Ensino Fundamental". Para que a criança adquira, na idade certa, as competências necessárias para ser considerada letrada e alfabetizada, é fundamental colocar em prática um conjunto de ações entre instituição, escola e família. 

Feira de Santana tem mais de 16 mil estudantes matriculados do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental da Educação Municipal, etapa recomendada pelo Plano Nacional de Educação para que o ciclo de alfabetização seja concluído. O ideal é que os alunos tenham de 6 a 8 anos nessa fase. Este período é indispensável para a progressão escolar e construção de outros saberes que só são possíveis após esta etapa. 

Para entender o nível de aprendizagem destes alunos e, consequentemente, realizar intervenções efetivas para que não haja a distorção da idade-ano escolar, o Governo Municipal está investindo no diagnóstico dos Anos Iniciais da rede através do projeto "Caminhos da Educação". Para a secretária de Educação, Anaci Paim, é uma forma de ter cada vez mais estudantes e uma rede preparados. A Seduc também participa de outros programas e projetos propostos pelo Governo Federal. 

"É importante que essa ordenação do ano escolar com a faixa etária seja priorizada para atendermos as metas que estão definidas no Plano Municipal e Nacional de Educação. Com o diagnóstico vamos traçar estratégias de acordo com as necessidades reais dos alunos. Assim poderemos melhorar o processo de alfabetização com foco no letramento e desenvolvimento de habilidades" destacou. 

A secretária ainda ressalta que se a distorção for ampliada "teremos cada vez mais o crescimento do número de alunos que vão para correção de escolaridade através da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e programas de aceleração, o que não é o ideal". Outro fator relevante é que quando um estudante fica retido em um ano escolar será realizado um investimento duas vezes para alcançar o mesmo resultado.  

O direito de acesso e permanência do estudante na escola é essencial nesse processo, para isso o município oferece uma série de incentivos. Como a estrutura física adequada das unidades, alimentação escolar de qualidade, quadro docente qualificado com formação continuada na área, recursos pedagógicos diversos e a integração com a comunidade escolar e família. 

"Estamos trabalhando para que o nosso aluno seja alfabetizado até os 7 anos, no 2º ano do Fundamental, período anterior ao que é proposto. É um investimento contínuo e um compromisso muito importante que vai refletir no desenvolvimento da sociedade como todo", finaliza Anaci Paim. 

Dia Mundial da Alfabetização

O Dia Mundial da Alfabetização é celebrado em 8 de setembro para destacar a necessidade de ampliação da qualidade dos primeiros anos de estudos das crianças e o combate ao analfabetismo adulto. 

Esta é uma data que foi criada em 1967 em parceria entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Segundo as organizações, é uma questão de dignidade e direitos humanos.

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