A Polícia Federal afirmou que as fraudes nos dados de vacinação da covid-19 foram motivadas pela “ideologia” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a pandemia.
A conclusão aparece na representação enviada pelo delegado Fábio Alvarez Shor, da Coordenação de Investigações e Operações de Contrainteligência, ao STF em 18 de abril.
“A recusa em suportar o ônus do posicionamento contrário a vacinação, associada à necessidade de manter hígida perante seus seguidores, a ideologia professada (não tomar vacina contra a covid-19), motivaram a série de condutas criminosas perpetradas”, diz trecho do documento.
A PF chamou o esquema de “estrutura criminosa” e alega que as fraudes teriam sido usadas por pessoas do circuito próximo do presidente para burlar regras sanitárias e “manter coeso o elemento identitário do grupo em relação a suas pautas ideológicas”. “No caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19″, escreve o delegado.