Nesta sexta-feira (5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
decidiu não transferir o ex-ministro da Justiça Anderson Torres para o hospital penitenciário do Distrito Federal. Na ocasião, Moraes também autorizou a visita de 38 senadores da República ao preso, mas negou o pedido dos senadores Marcos do Val e Flávio Bolsonaro.
A possibilidade de transferência foi levantada após a defesa de Torres apresentar laudo psiquiátrico e alegar “comprometimento cognitivo” do detento para justificar o fornecimento de senhas erradas do celular apreendido pela Polícia Federal. Torres está preso preventivamente desde 14 de janeiro por ser suspeito de envolvimento nos atos antidemocráticos do dia 8 do mesmo mês.
O ministro considerou o relatório médico e a concordância da defesa do ex-secretário, além da manifestação da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal de que o 19º Batalhão de Polícia Militar onde Anderson está detido tem as condições necessárias para garantir sua saúde. Foi consenso não haver necessidade de transferência para o hospital penitenciário.
O magistrado indeferiu a visita dos senadores Marcos do Val e Flávio Bolsonaro, por considerar a conexão dos fatos apurados no inquérito com investigações das quais ambos fazem parte.
As visitas autorizadas ao ex-secretário serão limitadas a cinco senadores por vez e realizadas aos sábados e domingos, conforme regulamentação da Polícia Militar. Também será impedido o ingresso de qualquer equipamento eletrônico e envio de mensagens dirigidas a Torres ou envio de mensagens dele a terceiros.