Domingo, 24 de Novembro de 2024
Bahia Governo Bolsonaro

Abin diz que 35 servidores acessavam software espião no governo Bolsonaro

Um total de 11 notebooks que eram usados na agência para rodar esse software foram entregues a PF

25/10/2023 às 07h03
Por: Redação Feira Em Pauta
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Foto: Divulgação
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Os nomes de 35 servidores da Agência Brasileira de Inteligênci (Abin) que tiveram algum tipo de acesso à ferramenta FirstMile, o software espião que teria sido usado para monitorar ilegalmente jornalistas e adversários políticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foram enviados à Polícia Federal.

Um total de 11 notebooks que eram usados na agência para rodar esse software foram entregues a PF. O repasse dos nomes à PF foi feito em 24 de março, pouco mais de uma semana depois de a Polícia Federal abrir inquérito para investigar a suspeita de uso ilegal da ferramenta. O pedido dos nomes havia sido feito pelo delegado da PF Daniel Carvalho Brasil Nascimento, em ofício datado de 22 de março.

Na resposta, assinada pelo número 2 da Abin, Alessandro Moretti, a agência faz uma série de observações no sentido da preservação do sigilo dos dados. “Apesar de a ferramenta ter tido seu uso descontinuado, casos e operações nos quais ela foi utilizada continuam em andamento e os já encerrados permanecem sob sigilo, seja por disposição legal, seja pela necessidade de manutenção da segurança dos servidores dessa agência”, diz o ofício da Abin.

O texto sugere à PF que a relação de nomes e eventuais depoimentos fossem incluídos em autos apartados “A divulgação desses nomes representa risco para os servidores e seus familiares, além de risco para as ações de inteligência desenvolvidas pela Abin”, destacou o departamento de operações de inteligência da agência.

Já os computadores usados com o software FirstMile foram enviados para a perícia da PF nos meses de junho e julho. De acordo com agentes da Abin, esses computadores foram formatados após a descontinuidade do uso da FirstMile, em maio de 2021, mas os dados relativos ao uso foram preservados em um servidor e, posteriormente, encaminhados à PF.

Eles dizem que a formatação seguiu um protocolo padrão para possibilitar o uso dos computadores em novas tarefas, negando que dados tenham sido apagados com o objetivo de camuflar o uso do software.

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