Os comerciantes que operam vendendo alimentos ao longo da BR-324 foram notificados pela Terceira Vara Federal sobre a ordem de reintegração de posse. O mandato determina que devem devolver o espaço à Via Bahia, concessionária que detém a posse, no prazo de 30 dias.
Foto: Carlos Valadares
José Barbosa expressou surpresa diante da notícia de que precisam deixar o local em 30 dias, enfatizando a falta de alternativas de renda. Ele ressaltou que alguns trabalhadores dependem integralmente dessa atividade e manifestou preocupação com a possibilidade de remoção forçada de mercadorias e barracas.
O vendedor de água, Jorge Barbosa, destacou a dependência de anos desse trabalho e a súbita notificação de remoção forçada a partir do dia 30. Ele apelou por mais tempo e por um local alternativo, sugerindo a possibilidade de recuar para uma área próxima, no quilômetro 526, perto do Afonso Bahia. Jorge ressaltou a importância de consideração e tempo para buscar soluções, lamentando a abordagem da situação como uma "guerra" e a falta de resolução para problemas como buracos na pista que causam acidentes fatais.
"Vamos realizar uma reunião às nove da manhã para discutir as opções. Os trabalhadores têm direitos no Brasil, não é apenas dessa forma. Alegaram que é faixa de domínio da BR e que pertence a eles. O acidente foi causado por um motorista que cochilou, não pela barraca. Enquanto isso, buracos na pista causam acidentes fatais, e ninguém resolve isso", desabafa Jorge.
Jorge reiterou a disposição dos comerciantes em buscar soluções, mas destacou a necessidade de mais tempo e consideração por parte das autoridades envolvidas.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva