As cantoras baianas Daniela Mercury e Margareth Menezes, que também é ministra da Cultura, se tornaram imortais na Academia Brasileira de Cultura (ABC). A cerimônia de posse aconteceu na terça-feira (14), no campus da Fundação Cesgranrio, no Rio de Janeiro.
"É gratificante sentir que uma carreira artística longeva, de quase quarenta anos, também é reconhecida e reverenciada neste momento em que trago comigo todas as mulheres que fortalecem e fortaleceram as expressões artísticas no Brasil, especialmente as mulheres negras”, afirmou Margareth.
A voz de sucessos como Faraó e Toté de Maiangá agora ocupa a cadeira de número 28, que tinha como titular a cantora Elza Soares.
“Recebi com muita alegria o convite para compor a Academia Brasileira de Cultura. Para mim é uma honra estar ao lado de nomes tão importantes e representativos para cultura do nosso país”, completou a ministra.
Nas redes sociais, Daniela Mercury, que completou 40 anos de carreira, comemorou a posse e se disse emocionada com a oportunidade de fazer parte da Associação ocupando a cadeira que pertencia a Gonzaguinha, de número 24.
"Minha responsabilidade como artista hoje aumentou. Me sinto muitíssimo orgulhosa de viver em um país que segue lutando por democracia e pela cultura e seus artistas", escreveu a artista.
Além das baianas, passaram a integrar a ABC as cantoras Alcione e Liniker - primeira artista transgênero a ser admitida no seleto grupo de “imortais”; as atrizes Glória Pires, Vanessa Giácomo e Luana Xavier; a escritora Conceição Evaristo; a poetisa Viviane Mosé; o teatrólogo José Luiz Ribeiro; o produtor cultural Antenor Neto; e Juma Xipaia ambientalista e liderança indígena, primeira mulher a se tornar cacique no Médio Xingu.
Margareth Menezes e Daniela Mercury tomam posse na Academia Brasileira de Cultura | Bahia | G1
A Academia Brasileira de Cultura é composta por 55 notáveis, de diversas áreas da cultura. Entre eles estão a bailarina Ana Botafogo, Zeca Pagodinho, Fátima Bernardes, Elisa Lucinda, Christiane Torloni, Lilia Cabral, Ney Latorraca, Beth Goulart, Rosamaria Murtinho, Gabriel Chalita e o maestro Isaac Karabtchevsky.
Além disso, alguns membros da Academia Brasileira de Letras também fazem parte da ABC, como Domício Proença, Arno Wehling e Arnaldo Niskier.
A ABC surgiu como resposta à necessidade de fortalecer o setor cultural no Brasil, unindo personalidades de diversas esferas artísticas. O objetivo da academia é promover o pensamento crítico e defender a valorização da memória cultural brasileira.