Domingo, 24 de Novembro de 2024
Bahia Zumbido no ouvido

Zumbido no ouvido pode ser o sinal de mais de 200 doenças, alerta especialista - Conheça algumas

Todo zumbido persistente deve ser investigado. Ao perceber um chiado ou um som no ouvido que dure por mais de dois dias, o indivíduo deve procurar o otorrino para que seja feita a investigação e, caso seja detectado algum possível problema, tratado de forma adequada.

21/11/2023 às 13h57
Por: Redação Feira Em Pauta
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Quase 90 mil feirenses sofrem  de um sintoma que incomoda muito e que pode surgir em qualquer idade, inclusive nas crianças. O famoso zumbido no ouvido acomete cerca de 25 a 28 milhões de indivíduos no Brasil e Novembro Laranja, uma campanha que existe desde 2006, é o mês dedicado à conscientização sobre os riscos, mas também as causas desse sintoma e o que ele pode provocar  nas pessoas.

De acordo com o otorrinolaringologista, Dr. Sandro Torres, o zumbido é sempre um sinal de alerta, podendo ou não representar uma doença. Para o especialista, é muito importante desmistificar conceitos antigos e negativos sobre o zumbido, os quais afirmam que este era um problema sem cura e que as pessoas deveriam se acostumar com o problema. “92% dos casos de zumbido é provocado por alguma disfunção na via auditiva, seja ela na cóclea, que é o órgão sensorial da audição, seja ela nos nervos que levam a informação do zumbido até o cérebro”, explicou Dr. Sandro Torres, acrescentando que o zumbido também pode ser iniciado por conta de uma cera acumulada no ouvido ou até por causa de um tumor no cérebro.

Todo zumbido persistente deve ser investigado. Ao perceber um chiado ou um som no ouvido que dure por mais de dois dias, o indivíduo deve procurar o otorrino para que seja feita a investigação e, caso seja detectado algum possível problema, tratado de forma adequada. Segundo Dr. Sandro Torres, de 100 pessoas que têm zumbido no ouvido, 85% dos casos não se transformam em um agravo à saúde e 15% dos pacientes sentem-se incomodados e acabam procurando um profissional por conta do zumbido ou chiado, conforme o otorrinolaringologista.

Mas é preciso ficar atento, pois existe também relação entre zumbido e algumas doenças. Uma delas está relacionada à orelha externa ou canal auditivo externo, alguma inflamação, infecção ou micose; pode também ser sinal de inflamações na parte mais interna, que é o ouvido médio; ou de perfuração da membrana timpânica. “A pessoa deve atentar também para uma possível perda de audição, o que é muito comum, ou esse zumbido, quando acompanhado de vertigem, sensação de ouvido tapado e de perda de audição, pode ser um sinal de algum distúrbio   do labirinto”, ressaltou Dr. Sandro Torres.

 A importância do Novembro Laranja está justamente no fato da necessidade de a população conhecer o que pode fazer surgir ou agravar o zumbido, pois, além dos problemas já citados, o especialista lembra que o zumbido pode ser sinal de doenças que nada têm a ver com o ouvido ou à audição, a exemplo de problemas na Articulação Temporomandibular, circulatório, metabólicos, tireoidianos, problemas do colesterol e  hipertensivos, e até anemia, problemas nos hormônios masculinos e femininos, baixa ou alta testosterona,  ocitocina, progesterona, todos os problemas metabólicos podem provocar algum distúrbio  que leve ao zumbido. “São mais de 200 doenças que podem estar relacionadas ao zumbido do ouvido. O ideal é que depois de 48 horas depois de o zumbido persistente que incomode muito o paciente ou até uma semana, a pessoa procure o otorrino”, alertou, afinal qualquer chiado ou apito no ouvido é um sinal de alerta para algum agravo na audição.  

A detecção da causa de cada tipo de zumbido é fundamental para o diagnóstico correto e para o êxito terapêutico. Na maioria das vezes, não se trata o zumbido mas sim, a alteração da sua fonte geradora e a patologia responsável pelo seu surgimento. “O paciente precisa ser avaliado de forma individualizada para que seja identificado o que está provocando o zumbido especificamente. Realizados os exames audiológicos e de imagens e laboratoriais quando necessários, e encontrando a causa, “o tratamento é personalizado, a abordagem terapêutica individualizada, e o êxito do tratamento chega a 90%.”, salientou o otorrino. 

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