Segunda, 25 de Novembro de 2024
Feira de Santana Seca na Bahia

Em reunião da FNP, Colbert defende atuação proativa dos governos no enfrentamento a seca

Prefeito feirense integrou a mesa "Desafios e Oportunidades - Mudanças Climáticas, Mercado de Carbono e COP 28"

29/11/2023 às 09h31
Por: Redação Feira Em Pauta
Compartilhe:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O alerta sobre o agravamento da seca no Brasil, especialmente no Nordeste, foi o tema abordado pelo prefeito Colbert Martins Filho na 85ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), em Brasília/DF, nesta terça-feira, 28. Colbert, que é vice-presidente da Infraestrutura da FNP, observou que, segundo institutos de pesquisa, a influência do fenômeno El Niño e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte manterão as chuvas abaixo da média na região até janeiro de 2024.

"Na Bahia, mais de 90 municípios decretaram estado de emergência por causa da estiagem. Uma das cidades atingidas é Feira de Santana, o segundo maior município baiano. Regiões da zona rural de Feira de Santana têm sido abastecidas por caminhões-pipa para não ficarem completamente sem água potável", frisou.

Ele explicou durante o encontro que Feira de Santana está na transição da zona úmida para a zona árida do estado da Bahia e a maior parte do seu território é referente à zona rural. "Passam pelo município algumas das principais bacias hidrográficas do estado da Bahia, que tendem a sofrer diminuição nos seus níveis nos próximos meses", salientou.

Conforme o prefeito, a projeção é que haja em torno de 9 mil estabelecimentos agrícolas na zona rural de Feira de Santana, que garantem o sustento das famílias. "Desses, 75% ou cerca de 7 mil têm até 2 hectares, que equivalem a, aproximadamente, 6 tarefas de terra. Então, a maioria desses, certamente, está vinculada à agricultura familiar e, neste momento, está sofrendo com a seca", apontou.

Colbert destacou ainda que diante da gravidade dos dados e constatando o impacto que esse processo tende a provocar para o empobrecimento do povo sertanejo, espera que o governo federal, em união com os estados e municípios afetados, atue de forma proativa e não paliativa. "Buscamos perenizar soluções que abram novas perspectivas para o desenvolvimento regional e, objetivamente, passe a fomentar a implantação de projetos que permitam a convivência com a seca", concluiu.

Dirigentes da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) também discutiram nesta terça-feira, 28, a carta de posicionamento da entidade que será apresentada na COP28, nos Emirados Árabes Unidos. O documento ainda está em fase final de elaboração e vai abranger tanto iniciativas de mitigação quanto adaptação para as mudanças climáticas. "Felizmente estão nos chamando para esse debate e a FNP vai mandar uma delegação de prefeitas e prefeitos à COP28", comentou Edvaldo Nogueira, presidente da entidade, durante a 85ª Reunião Geral.

A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), anteriormente conhecida como Frente Nacional de Prefeitos, está dando um passo significativo em direção à equidade de gênero na política brasileira. Entre capitais e cidades com mais 80mil habitantes, escopo de atuação da entidade, apenas 13% são governadas por mulheres. No entanto, desde 2021, a diretoria da FNP conta com 17% de suas vice-presidências ocupadas por prefeitas. A mudança de logotipo foi anunciada nesta terça-feira, 28, durante a cerimônia de abertura da 85ª Reunião Geral.

A mudança para "Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos", que continuará utilizando o acrônimo FNP como sigla, é um marco na busca por mais representatividade e igualdade de gênero na política. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários