O parlamento da Coreia do Sul aprovou, nesta terça-feira (9), uma lei que proíbe o consumo de carne de cachorro. A nova regra deve começar a valer apenas a partir de 2027 e punirá infratores com pena de dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil. O apoio ao projeto cresceu durante o governo do atual presidente, Yoon Suk-yeol, que adotou seis cães e oito gatos. A primeira-dama, Kim Keon Hee, também é conhecida por ser crítica ao consumo de carne canina.
O projeto contou com o apoio do partido do governo e de parlamentares da oposição. A proposta prevê a proibição da criação para abate, distribuição ou venda de cães para consumo humano. As pessoas que trabalham nesse tipo de indústria receberão subsídios do governo para conseguir novos empregos.
Nas últimas décadas, o hábito de comer carne de cachorro vem diminuindo na Coreia do Sul, sendo mais comum entre pessoas mais idosas. Além disso, o movimento de conscientização sobre a proteção de animais tem crescido no país. Uma pesquisa divulgada pelo grupo Animal Welfare Awareness apontou que mais de 90% dos entrevistados não comeram carne de cachorro no último ano e não pretendem consumir produtos do tipo no futuro.
Segundo a agência estatal Yonhap, existem cerca de 1.150 fazendas para a criação de cães, na Coreia do Sul. Além disso, 34 açougues, 219 distribuidores e aproximadamente 1.600 restaurantes vendem alimentos produzidos com carne de cachorro. O debate para a criação de uma lei para banir o consumo de carne de cachorro no país vinha ganhando força desde 2021, quando o então presidente Moon Jae-in sugeriu a proibição.