Na manhã desta segunda-feira (19), a secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, esteve em Feira de Santana participando da aula que abriu as atividades letivas no município. Em entrevista ao site Olá Bahia, a secretária falou sobre a integração de saúde e educação na retomada das aulas, destacando a iniciativa de trazer a vacinação para dentro das escolas.
De acordo com Roberta Santana, a previsão é incluir a semana de vacinação no calendário escolar, programada para a próxima semana e no segundo semestre, na primeira semana de julho. "A gente fica muito feliz nessa ação integrada da importância de trazer a vacina para dentro das escolas. Tanto da comunidade escolar, como professores, funcionários e, sobretudo, nossos alunos poderem engajar junto conosco nesse processo de vacinação e a gente aumentar cada vez mais a cobertura da taxa vacinal do Estado da Bahia", destaca.
Questionada sobre o reconhecimento do Ministério da Saúde, Santana destacou que o combate à dengue é um esforço contínuo, iniciado no ano anterior com um plano de contingência eficaz e trabalho preventivo. Enfatizou a importância da participação da população, mencionando indicadores preocupantes, como 43 municípios em alerta e 23 em estado de pandemia. Santana salientou a parceria com o governo federal e a gratidão pelo reconhecimento da Bahia como exemplo para outros estados. "Acho que o que a gente tem feito é um trabalho de prevenção. O que a gente pede é, cada um pode fazer, 80% dos focos estão dentro das residências, os focos de dengue, a limpeza urbana é muito importante e o manejo clínico, o paciente procurar as UBSs, logo nos primeiros sinais de sintoma, a atenção primária tem que trabalhar fortemente. Então, esse é o nosso pedido e a gente fica feliz dessa parceria com o governo federal que reconhece o trabalho da Bahia, mas também tem nos ajudado bastante nesse enfrentamento", pontuou.
Santana abordou a distribuição das vacinas contra a dengue na Bahia, explicando que a primeira remessa consistiu em 120 mil doses destinadas principalmente a crianças de 10 e 11 anos, seguindo a orientação do Ministério da Saúde com base em estudos epidemiológicos. Ela enfatizou a importância de cumprir o cronograma de duas doses com 90 dias de intervalo. "A primeira aquisição do ministério foi feita para 10 a 14 anos, contudo, a primeira remessa, a indicação do Ministério da Saúde, por conta da quantidade, é que seja prioritariamente para as crianças de 10 e 11 anos, isso tem um motivo, com base nos estudos epidemiológicos do ano passado, é o que teve a maior incidência de hospitalização, então, por isso, a decisão acertada, o que eu tenho pedido é que os municípios cumpram a determinação do ministério, porque são duas doses, 90 dias intervalo, então, a gente precisa garantir que quem tomou a primeira, tome a segunda para que se complete o ciclo vacinal, mas a vacina não é solução imediata para a dengue, o que resolve é a prevenção e o trabalho de alerta nos sintomas, de forma inicial", alertou.
A secretária destacou os resultados positivos da parceria, incluindo a atuação integrada das forças convocadas pelo governador, como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Mencionou ações práticas, como a contratação de drones para limpeza urbana, orientação à população e divulgação de informações nas unidades básicas de saúde, como parte do plano de contingência. "O governador convocou as forças, convocou o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, estamos descendo, inclusive, amanhã, numa ação integrada, com contratação de drone, um serviço do Corpo de Bombeiros na atuação da limpeza urbana, também ajudando nos imóveis, orientando a população, vamos levar também, Dr. Bandeira, para atuar no manejo clínico, divulgação de panfletos nas unidades básicas, é o nosso plano de contingência. Então, esse é o resultado principal de integração com os municípios, tivemos uma presença muito importante dos municípios, o governador conduziu a reunião diretamente, a gente fica muito feliz com a participação da nossa ministra, também, na reunião", finalizou.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva