Na terça-feira (16) funcionários e prestadores de serviço, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Feira de Santana, realizaram uma manifestação no centro da cidade. O ato ocorreu simultaneamente em todo o Brasil, em protesto contra o Projeto de Lei de Convenção (PLV) 09/2023, que quer tirar 5% da arrecadação dessas entidades para custear ações da Embratur.
Fabrício Freitas, gerente do SESC Feira de Santana explica que os colaboradores feirenses decidiram se juntar a todos os outros funcionários do Sistema S para pressionar a votação contrária ao projeto. "Um ato sincronizado que ocorre em todos os estados do país. Uma tentativa equivocada de tirar recursos de instituições que já dão certo para arriscar em projetos que não se sabe se darão certo. Além disso, é uma medida inconstitucional, porque está muito claro na lei de criação do 'Sistema S' qual a destinação desses recursos. Aqui em Feira é executado dentre os comerciários para melhoria da qualidade de vida dos mesmos e sua família. Nada contra que a Embratur tenha projeto para melhorar o turismo do país, mas esses recursos precisam vir de verbas públicas e não dos comerciários", defende.
Marco Silva, presidente do Sindicato dos Comerciários de Feira de Santana, classifica como um absurdo a retirada de verbas das entidades e salienta o quanto a sociedade perderá caso seja aprovado. "O Sindicato do Comércio faz parte do sistema de Confederação Nacional do Comércio (CNC), que tem as federações nos estado e dentro dessa estrutura, tem o SESC/Senac e o sindicato. Somos solidários a este absurdo que é a retirada das verbas do sistema Sesc/Senac, entidade que há mais de 30 anos presta serviços sociais e de educação, fantástica à sociedade", diz.
A PLV 09/2023 está tramitando no Senado Federal e está pautada para discussão e votação nesta quarta-feira, 17. Dirigentes das duas entidades dizem que é importante que esta mobilização junto aos frequentadores, alunos e comunidade possam se multiplicar e gerar o resultado esperado junto aos parlamentares para que o trabalho de mais de 70 anos continue a ser valorizado e incentivado.
Uma coleta de assinaturas em âmbito nacional está em curso com uma petição pública através do site. Lá você pode assinar o documento eletronicamente e ajudar, segundo as entidades, na mobilização para que esse projeto seja rejeitado.