A Dra. Márcia decretou a Prisão Preventiva de Gabriel Teixeira Gualberto, acusado do crime contra o aposentado Crispim Mota de Jesus, durante a audiência de custódia. Após considerar todos os elementos presentes nos autos, a Dra. Márcia concluiu que o Auto de Prisão em Flagrante está correto tanto em sua forma quanto em seu conteúdo, sendo assim homologado. Não há fundamentos para a relaxação da prisão em flagrante devido a qualquer defeito no documento, portanto, a homologação é válida.
A segunda finalidade da audiência de custódia é analisar a necessidade de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. O Ministério Público, concordando com a homologação do Auto de Prisão em Flagrante, solicitou essa conversão, enquanto a Defensoria Pública pleiteou a concessão de liberdade provisória mediante medidas cautelares.
Apesar das condições favoráveis apresentadas pelo acusado, como ser primário, possuir emprego e residência fixos, tais fatores não garantem automaticamente o direito à liberdade. Ser um cidadão cumpridor dos deveres é uma obrigação, não um mérito. A Dra. Márcia ressaltou que a análise deve considerar a gravidade do delito e o risco de reincidência, especialmente considerando que o acusado é dependente químico, o que pode influenciar em seus atos.
O fato de a vítima ter sido brutalmente assassinada em sua residência é um elemento que aumenta a preocupação com a segurança pública, especialmente considerando a dependência química do acusado. Portanto, a Dra. Márcia entendeu que a manutenção da liberdade do acusado representa um risco concreto para a sociedade, justificando assim a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
Essa medida não impede uma reavaliação durante o processo penal, onde a possibilidade de responder em liberdade poderá ser novamente considerada. No entanto, neste momento, todos os requisitos para a conversão da prisão foram atendidos, e o acusado está sendo detido preventivamente.