Uma idosa sofreu um mal súbito e morreu na tarde de quarta-feira (8) na mesma agência bancária de Bangu, Zona Oeste do Rio em que o idoso que ficou conhecido como “Tio Paulo” foi levado sem vida para sacar um empréstimo bancário.
A mulher de 60 anos passou mal e o Corpo de Bombeiros foi acionado para o socorro. Quando os bombeiros chegaram ao local, a mulher já havia morrido.
Em nota, o banco Itaú Unibanco disse que lamenta profundamente o ocorrido e prestou solidariedade à família.
Segundo o banco, a cliente teve um mal súbito na entrada da agência, e, então, todos os protocolos de emergência foram imediatamente acionados, incluindo socorro médico.
“Em respeito à vítima, clientes e colaboradores, a unidade permanecerá fechada. Os funcionários foram acolhidos e receberão todo apoio psicológico necessário. Os clientes que precisarem de atendimento presencial devem procurar a unidade próxima, agência 8486 (Av. Cônego Vasconcelos) ou acessar os canais digitais do Itaú”, acrescentou o banco.
Caso ‘Tio Paulo’
Érika Souza foi presa dia 16 de abril depois de levar o tio Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já morto em uma cadeira de rodas para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil no mesmo banco.
Um vídeo feito pelas atendentes do banco mostra que a todo tempo Érika tentava manter a cabeça do homem levantada, usando a mão, e conversava com o suposto parente – que, claro, não responde.
A juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o que tornou Érika ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.
Na mesma decisão, a magistrada também revogou a prisão preventiva da sobrinha do idoso e agora ela responderá ao processo em liberdade, desde que cumpra as medidas cautelares estabelecidas.
Érika deixou a prisão no última quarta (2) e irá responder em liberdade. Em entrevista ao Fantástico, ela afirmou que não percebeu que o tio já estava morto e que fez uso de remédios controlados.
Ela também passou a ser investigada, em um outro inquérito, por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – por grave “omissão de socorro”. O inquérito está em andamento na Polícia Civil, que ainda decidirá se indicia Érika por esse crime.
O delegado citou novas provas para incluir o crime de homicídio. Segundo ele, dois depoimentos revelam que Érika tentou colocar uma conta própria para receber o dinheiro do tio e que chegou a ir até a agência sem ele para sacar – mesmo sabendo que ele precisaria assinar.