Sábado, 23 de Novembro de 2024
Bahia Agressões sexuais

Agressões sexuais foram o maior tipo de violência contra meninas

Em outras faixas etárias, agressões físicas e negligência são as violações predominantes

18/06/2024 às 14h26
Por: Redação Feira Em Pauta Fonte: Metropoles
Compartilhe:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um levantamento realizado pelo Atlas da Violencia, revela que quase metade (49,6%) dos casos de violência contra meninas de 10 a 14 anos no Brasil em 2022 envolvem agressões físicas. Esses dados foram levantados utilizando informações do Sistema Único de Saúde (SUS).

O relatório também aponta que, para bebês e crianças de até nove anos, 30% dos casos de violência são físicos, enquanto a negligência é predominante entre crianças menores de nove anos e idosos acima de 70 anos. Na faixa etária de 15 a 69 anos, a violência física é o tipo mais comum. Em 2022, foram registrados 221.240 casos de violência contra meninas e mulheres, equivalente a uma agressão a cada dois minutos no país.

Conforme o estudo, os homens são autores das violências em 86,6% dos casos. Eles são a maioria dos autores quando as vítimas têm a partir de 10 anos de idade. De 0 a 9 anos, os homens são responsáveis por 50% dos casos e as mulheres pelos outros 50%.

Em 81% dos casos, a violência sofrida por meninas ou mulheres acontece dentro das próprias residências (116.830). A via pública é o segundo lugar mais comum, com 6,1% dos registros.
Redução de homicídios

O estudo do Fórum Brasileiro e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica, ainda, que o país registrou redução de 3% em relação a 2021. Os números representam uma taxa de 21,7 homicídios a cada 100 mil habitantes, igualando 2019 à menor taxa desde 2012, quando o número era de 28,9 a cada 100 mil.

No entanto, estimativa dos especialistas apontam que o número real de homicídios seria de 52.391 em todo o Brasil por conta de assassinatos que ficaram ocultos nos dados.

O Atlas estima que 5.982 assassinatos não entraram nas estatísticas oficiais por se tratar de mortes violentas por causa indeterminada (na sigla técnica MVCI). Este tipo de classificação, que não entra na base de dados de homicídio, tem aumentado desde 2018, segundo o estudo.

“Tendo em vista que parcela dessas MVCI são, na realidade, homicídios que ficaram ocultos nas estatísticas, as análises sobre prevalência da violência letal ficam prejudicadas”, diz o Atlas.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários