Previsto para acontecer no próximo dia 7 de julho, o Bando Anunciador, tradicional cortejo que percorre o centro de Feira de Santana para anunciar pelas os festejos religiosos em homenagem a padroeira da cidade, Senhora Santana, está com a edição 2024 “sob ameaça” de não ser realizada. O problema ocorre, segundo pronunciou-se na Câmara o vereador Jhonatas Monteiro, em razão da ausência de representantes da no processo de organização do evento. Ele cobrou “responsabilidade” por parte do prefeito Colbert Filho quanto a essa questão.
O parlamentar explicou que, no último dia 13, por exemplo, houve reunião promovida pelo Centro Universitário de Cultura e Artes (CUCA-UEFS) para discutir aspectos organizativos da festa, mas nenhum servidor público ou órgão integrante do Executivo Municipal participou. “Estamos a menos de um mês da data do evento. Quero saber se o gestor vai brincar com a segurança e com a realização de uma festa tão importante como esta”, advertiu. Jhonatas manifestou preocupação com a possibilidade de se repetirem situações e problemas registrados na edição anterior. Ano passado, lembrou ele, em plena semana de realização do Bando Anunciador, “sequer o trajeto do cortejo tinha sido oficializado” pela Prefeitura.
Do mesmo modo, àquela altura dos acontecimentos, “nenhuma das medidas de segurança” tinham sido garantidas pela gestão de Colbert. E uma informação repassada à época por um secretário municipal, acrescentou o vereador, revelou a existência de “ordem expressa do prefeito” para assegurar apenas 11 banheiros químicos como único apoio ao festejo. Fato, classificado pelo vereador como “absurdo”, uma vez que diversas emendas parlamentares foram apresentadas por ele e demais colegas do Legislativo, destinando verba do Orçamento para viabilizar a estrutura adequada do evento.
“Era uma festa onde a participação popular estava estimada em 40 mil pessoas”, frisou. Em razão desta falta de cooperação governamental, acredita, acabaram ocorrendo diversos problemas como circuito interrompido ou invadido e incidentes com garrafas de vidro. “E mais uma série de coisas que poderiam ter sido evitadas, se o Município tivesse cuidado antes”, disse. Jhonatas questionou se será necessário “(o prefeito) espera que morra alguém na festa para dizer, depois, ‘agora a gente vai dar atenção ao problema'”.
Ao líder do Governo na Câmara, José Carneiro (UB), pediu que tente sensibilizar o gestor sobre a importância dos órgãos municipais participarem da organização. O evento de origem popular, pontuou, cresceu muito ao longo dos últimos anos e reúne a diversidade e riqueza de expressões culturais feirenses: “Já é uma das maiores festas de ruas do Município, com o envolvimento de vários bairros e comunidades rurais”.