Foto: Divulgação
Feira de Santana contabilizou 337 acidentes de trabalho no primeiro semestre de 2024, um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior. A construção civil foi o setor com o maior número de ocorrências, ressaltando a necessidade urgente de intensificar as ações de promoção e proteção para os trabalhadores. A falta de cuidados adequados e a vulnerabilidade desses profissionais são apontadas como fatores críticos para o elevado índice de acidentes. Além disso, setores como o rural, que enfrenta riscos com maquinários e animais peçonhentos, e a área da saúde, com acidentes envolvendo materiais biológicos e cortantes, também são destaque entre as atividades mais perigosas na cidade.
Carlos Valadares
Segundo Verena Liberal, coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), a construção civil continua sendo o setor com o maior número de acidentes, especialmente graves, que podem resultar em mutilações e até mesmo óbitos. "Além disso, a indústria também apresenta um número significativo de acidentes. Precisamos estar vigilantes em relação às condições de trabalho nesses setores", enfatiza.
Verena Liberal também destacou que o CEREST realiza investigações sobre óbitos por causas externas ou mal definidas, que podem estar relacionadas ao trabalho. "Essas investigações são contínuas e demandam tempo para determinar se os óbitos são realmente decorrentes de acidentes de trabalho", pontuou.
Foto: Carlos Valadares
A coordenadora também explicou que o acompanhamento dos acidentes de trabalho em Feira de Santana é realizado pelo CEREST, que atua como órgão de vigilância, inspecionando ambientes e processos de trabalho para identificar fatores de risco. "é imortante salientar quer na maoria daz vezes o registro de acidentes geralmente é feito pelo trabalhador ou por denúncias, e não pelos empregadores", destaca.
Em relação a quando um acidente leva ao afastamento do trabalhador, Verena Liberal informou que ele deve buscar a previdência social para garantir seus direitos, incluindo o salário durante o período de afastamento. "Todo afastamento do trabalho exige que o trabalhador busque os seus direitos, seja por meio do INSS ou de outra previdência, para garantir sua remuneração durante o período de recuperação", finaliza.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva