Foto: Carlos Valadares
Nesta terça-feira (03), foi apresentado à imprensa de Feira de Santana o projeto de requalificação do Aeroporto João Durval para receber pousos e decolagens de aviões de grande porte, como o Boeing 737, com capacidade para até 200 passageiros. O projeto visa colocar o terminal na rota de conexões nacionais (voos domésticos). O investimento total é de R$ 8,3 milhões.
Segundo Saulo Pontes, superintendente da Seinfra, a ideia do governo é prolongar a cabeceira 13 da pista de 1.500 metros para 1.800 metros, além de reforçar toda a pavimentação existente. "Vamos fresar a pista central e aplicar duas camadas de concreto betuminoso a quente, cada uma com cinco centímetros, aumentando assim o PCN, que é a capacidade do aeroporto para suportar aviões de grande porte", explicou Pontes. Com essa ampliação, o Boeing 737-800, por exemplo, poderá operar no local, viabilizando que companhias aéreas incluam Feira de Santana em suas rotas nacionais.
Foto: Carlos Valadares
As obras, cuja licitação foi publicada em agosto, estão previstas para começar em dezembro e devem ser concluídas em até cinco meses, dependendo das condições climáticas. O investimento será de R$ 8,3 milhões, incluindo a ampliação da pista, a melhoria do balizamento noturno e o reforço dos sistemas de voo por instrumentos.
Sobre as desapropriações necessárias, Pontes esclareceu que a área do aeroporto será ampliada de 54 para 108 hectares, com o objetivo de aumentar a faixa de segurança e permitir a operação de voos comerciais. Em resposta à diferença de largura das pistas em relação a outros aeroportos, ele destacou que as normas atuais permitem pistas de 30 metros de largura, suficientes para receber aeronaves como o Boeing 737-800.
Foto: Carlos Valadares
De acordo com Antônio Valter, proprietário da concessão da AFFS Aeroporto, o governo já ampliou a área do aeroporto em mais de 1 milhão de metros quadrados. "O contrato de concessão abrange 4 milhões e 200 mil metros quadrados. Tenho conversado com o nosso prefeito para que possamos identificar os pontos importantes para a ampliação do aeroporto e evitar especulação imobiliária, o que tornaria futuras desapropriações mais difíceis", explicou.
Sobre as tarifas aéreas, Valter comentou que tem mantido contato com a Fly Bondi, uma empresa argentina, e está buscando trazer outras companhias internacionais para operar em Feira de Santana. "Precisamos estabelecer tarifas fixas, alinhadas com a distância. Hoje, as pessoas muitas vezes pagam cinco vezes mais por desorganização das companhias aéreas. Com a expansão do aeroporto, podemos iniciar esse processo de ajuste nas tarifas", explicou.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva