O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrou a Operação Blue no Aeroporto Internacional de Salvador, entre os dias 10 e 27 de setembro. Visando intensificar o combate ao tráfico internacional de fauna e flora, a ação reforçou o controle de cargas e bagagens de passageiros em voos internacionais.
Na operação, que contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal, cerca de 164 animais marinhos pescados ilegalmente foram apreendidos, também houve dois quadros em que partes de animais silvestres estavam expostos em uma cafeteria no aeroporto. Uma carga contendo mais de 600 corais exóticos que estava sendo transportada sem a devida documentação também foi apreendida.
Após a apreensão, os agentes do Ibama realizaram a soltura dos animais na praia de Vilas do Atlântico, em uma ação que contou com a colaboração de turistas e banhistas. Uma ação de Educação Ambiental para conscientizar sobre a importância da preservação das espécies marinhas e os impactos negativos da pesca ilegal foi realizada durante a soltura.
Além dos animais marinhos, foram encontrados cocares com penas de aves silvestres nativas e, ainda, madeiras sem comprovação de origem. Os envolvidos foram autuados administrativamente e responderão criminalmente pelas infrações.
Apreensão de quadros com fauna silvestre
Os quadros apreendidos, que estavam expostos em uma cafeteria no aeroporto, continham partes de animais listados na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites). A análise preliminar apontou o uso de partes de pelo menos cinco espécies da fauna silvestre brasileira. O comércio e a exposição de produtos originados de animais protegidos são infrações ambientais graves, sujeitas a sanções administrativas e criminais.
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Apreensão de corais exóticos
Os corais exóticos apreendidos foram encaminhados ao Laboratório de Estudos Marinhos (Labimar) para análise e cuidados especializados. A carga, originária de Salvador e com destino a Brasília, foi interceptada por agentes de fiscalização, sendo transportada sem a devida licença ambiental. O responsável foi autuado em R$ 5.000,00 pela comercialização irregular. Além disso, durante uma inspeção na empresa do autuado, foram encontradas outras infrações, como a reprodução não autorizada de invertebrados marinhos e a ausência de relatórios obrigatórios ao Ibama. A empresa foi multada em mais de R$ 100.000,00 por operar em desacordo com as normas ambientais.