Nesta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que um dos motivos de sua vinda à Bahia foi participar pessoalmente da campanha do candidato petista em Camaçari, Luiz Caetano. "De noite estarei lá para ajudar meu amigo Caetano e tentar mostrar ao povo de Camaçari que, inegavelmente, Caetano foi o melhor prefeito que a cidade já teve", afirmou.
Durante a entrevista, o apresentador Mário Kertész recordou que, em 1985, quando se elegeu prefeito de Salvador, ele foi ajudar Caetano, que embora estivesse no PCdoB, disputou Camaçari pelo MDB, já que o partido comunista ainda estava na ilegalidade à época. "Talvez aquela tenha sido a pior gestão dele. Lembro que fui lá, e o povo estava meio p* com Cetano. Mas depois ele se elegeu e foi um extraordinário prefeito. É este Caetano bom que está voltado e é este Caetano bom que eu vou apoiar hoje", acrescentou Lula.
"Quando a gente escolhe um prefeito, é como se a gente tivesse escolhendo um padrinho. Quando você escolhe um padrinho, escolhe alguém que você gosta, você confia, e alguém que você quer depositar até a guarda do seu filho em caso de uma desgraça na família. É preciso ter muito critério para escolher, e a gente não pode permitir que as pessoas cometam equívocos. Nós temos que tentar orientar. E, depois, obviamente que a gente acata o resultado do povo", emendou Lula.
A vinda de Lula é vista como trunfo para Caetano em uma disputa com dois candidatos que terminaram praticamente empatados no primeiro turno. O petista obteve 49,52%, ante 49,17% de Flávio Matos. Em números absolutos, foi 77.926 contra 77.367, diferença de meros 559 votos a favor do ex-prefeito.
Internamente, os integrantes da campanha de Caetano estão certos de que a presença do presidente pode ampliar a margem e completar o saldo que faltou ao companheiro no último domingo (06), a reboque da popularidade de Lula em uma cidade que deu a ele mais que o dobro dos votos na queda de braço com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.