A megaoperação Angerona, que acontece em Feira de Santana até o próximo dia 31 de outubro e foi deflagrada na semana passada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), com o objetivo de silenciar a comunicação entre criminosos dentro e fora da maior unidade prisional da Bahia, refletiram diretamente na redução do número de crimes violentos registrados no município. A avaliação foi feita no Altos Papos pelo secretário titular da pasta, José Castro.
“Em Feira, não havia nenhum informativo relevante indicando que esses crimes ocorrendo fora das unidades tinham uma ordem direta de algum preso, mas, como acabamos silenciando todo o complexo penitenciário, proibimos visitas nesta semana e também o acesso a advogados, fornecendo apenas alimentação e assistência médica. Então, de certa forma, isso acabou refletindo sim na redução dos crimes”, afirmou.
Atualmente, o Conjunto Penal de Feira abriga cerca de 1.950 detentos em 11 pavilhões. Durante a vistoria das celas, mais de 100 armas brancas artesanais e 28 aparelhos celulares foram apreendidos. Conforme explicou o secretário, o alto número de visitantes é um fator que dificulta a efetividade da segurança na unidade.
“Há algum tempo, foi realizada uma operação que afastou 12 servidores dessa unidade prisional sob suspeita de facilitarem a entrada de ilícitos. Temos muitas pessoas de fora que trabalham na unidade, incluindo profissionais terceirizados, além de muitos visitantes. Pra você ter uma noção, na quinta e sexta-feiras são 1.400 visitantes no total. Isso torna muito complexo e complicado garantir uma segurança 100% efetiva, mas estamos trabalhando para alcançar esse objetivo”, admitiu José Castro.