Vereador de Feira de Santana e prefeito da cidade. Deputado federal, senador da Bahia, secretário de Estado e governador da Bahia. Esse poderia ser o resumo da trajetória de João Durval Carneiro, feirense com formação em Odontologia que tem o nome cravado em todos os cantos da terra natal. Seja por obras grandiosas ou pequenas ações que fazem a diferença na vida das pessoas. Mas a sua história vai muito além e o faz merecedor inconteste da Medalha Princesa do Sertão, que será outorgada pela Câmara Municipal.
O projeto de concessão da honraria, de autoria da presidente da Casa, Eremita Mota (PP), foi aprovado nesta quinta-feira (12), por unanimidade dos vereadores presentes. A sua atuação em todos os postos que assumiu ao longo da carreira política é a justificativa da vereadora. “João Durval teve participação efetiva no processo de desenvolvimento de Feira de Santana e da Bahia, nas mais variadas áreas”, atesta Eremita. Ela lembra que o político ingressou na política em 1953. Até então exercia a profissão de odontólogo.
Em seu histórico como gestor de órgãos públicos destacam-se as ações em prol da Saúde, Educação, Eletrificação e Abastecimento de água. “Muito do que a Bahia é hoje tomou impulso naquela época”, diz a justificativa do projeto, referindo-se à atuação de João Durval à frente do Governo do Estado. Vale ressaltar a adutora Pedra do Cavalo, reconstrução do Mercado Modelo e ampliação do Aeroporto de Salvador. Sua administração foi marcada por um constante equilíbrio entre a capital e o interior do Estado.
João Durval foi prefeito de Feira de Santana em dois momentos bem distintos. Primeiro em 1966 e depois em 1992. Como vereador, entre 1954 e 1958, assumiu a presidência da Câmara e foi prefeito interino à época. Terceiro senador da República mais votado em 2006, João Durval foi considerado o 12º mais atuante entre os 81 parlamentares daquela legislatura, em levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos sobre o Congresso do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Rio de Janeiro (IESP/UERJ), em parceria com a Revista Veja.
Casado com a professora, Ieda Barradas Carneiro, o ex-prefeito e governador teve com ela sete filhos: Márcia, João Henrique, Sérgio Carneiro, Cristianna, Luis Alberto, Geórgia e Gal. Vale lembrar que dois deles, João Henrique e Sérgio, também enveredaram na carreira política. Atualmente, JD reside em Salvador, mas ainda mantém laços com o lugar onde nasceu e que carrega, além do reconhecimento de seus habitantes, o seu nome em ruas e avenidas, escolas e até um distrito (antigo Ipuaçu).