Quinta, 21 de Novembro de 2024
Geral jovem negro agredido

Justiça determina que empresa pague quase R$ 40 mil a jovem negro agredido por seguranças em evento musical na Bahia

Caso aconteceu em 2019, durante Salvador Fest, na capital baiana. Jovem de 21 anos foi agredido, expulso e teve o celular roubado pelos funcionários do local.

27/07/2023 às 07h26
Por: Redação Feira Em Pauta
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 Foto: Freepik/Reprodução
Foto: Freepik/Reprodução

A Justiça determinou que uma empresa de eventos de Salvador pague quase R$ 40 mil para um jovem negro que foi agredido por seguranças durante um evento musical em 2019. A decisão foi emitida na terça-feira (25) e não cabe recurso.

As agressões aconteceram durante o Salvador Fest, no Parque de Exposições, em 15 de setembro de 2019. Em nota, a Salvador Produções informou que o processo envolve um funcionário da empresa terceirizada, a CDI Segurança Privada, que foi contratada para prestação de serviço de segurança no evento.

A Salvador Produções ainda disse que usou de todos os recursos cabíveis para demonstrar a sua versão no ocorrido, mas foi condenada. Por fim, a empresa também disse que considera que atos racistas e injúrias são uma afronta aos direitos humanos fundamentais.

No dia das agressões, o rapaz, que na época tinha 21 anos, estava na festa quando decidiu encontrar um grupo de amigos próximo a um camarote. Ao chegar no local, ele foi abordado de forma abrupta pelos seguranças do evento.

Conforme relatou a vítima, os seguranças o jogaram no chão, que estava sujo de lama, rasgaram a roupa e puxaram o cabelo dele. Depois disso, tomaram o celular dele e o jovem foi levado para fora do evento com as mãos imobilizadas para trás.

Segundo o advogado do jovem, pessoas tentaram intervir na ação, mas não tiveram sucesso. Sujo de lama e machucado por causa das agressões, o jovem voltou para casa e só conseguiu prestar queixa na delegacia no dia seguinte, em 16 de setembro.

Passados quase quatro anos do caso, o celular da vítima nunca foi devolvido.

De acodo com a decisão da Justiça, o caso envolve discriminação e agressão. A Justiça julgou que tais fatos representam uma falha na prestação do serviço, o evento, e o valor cobrado está associado aos danos morais e físicos, além de servir como uma medida punitiva.

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