No Brasil, os casos de infartos mensais mais que dobraram nos últimos 15 anos. Entre a população jovem, o aumento foi de 10% acima da média, segundo levantamento do Instituto Nacional De Cardiologia (INC). Ao programa Altos Papos, nesta sexta-feira (28), o cardiologista e Diretor Técnico da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, Edval Gomes, explicou que doenças preexistentes e falta de cuidados com a saúde são a causa do avanço do problema entre pessoas com até 30 anos.
“Os jovens atualmente acumulam muitos fatores de risco, essa é a principal justificativa. Hoje temos jovens hipertensos, diabéticos, obesos, tabagistas, usuário de drogas. Esse acúmulo de fatores de risco é uma das grandes justificativas”, disse.
De acordo com o cardiologista, o infarto, que se caracteriza pelo entupimento de artérias que transportam o sangue para o coração, é uma doença silenciosa e, por isso, a prevenção deve começar o quanto antes.
“Temos que pensar que é um tipo de doença que talvez não tenha nenhuma manifestação. Portanto, devemos iniciar a prevenção o mais cedo possível. Quanto mais cedo iniciarmos os bons hábitos, melhor será”, explica.
Em jovens, a ocorrência de sequelas após o infarto é menos frequente. No entanto, o infarto é capaz de causar uma série de problemas que comprometem o bom funcionamento do organismo.
“A principal sequela é a morte do miocárdio, ocorre um remodelamento do coração para tentar corrigir o impacto que sofreu. Ele perde a sua eficiência e surge uma doença chamada insuficiência cardíaca, umas das grandes complicações do infarto”, afirmou.