Casa da maior biodiversidade do planeta, o Brasil tem pelo menos 1.253 espécies de animais ameaçadas de extinção. Dessas, 47,6% são nativas da Mata Atlântica, bioma com maior risco.
Os dados são da plataforma Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, a Salve, lançada nesta quarta-feira, 2, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Bahia, Minas Gerais e São Paulo são os três estados com mais espécies em risco, somando 700 variedades ameaçadas. A plataforma classifica como ameaçados de extinção os animais em situação “Vulnerável”, “Em Perigo” ou “Criticamente Em Perigo”.
A fauna brasileira tem mais de 100 mil espécies de animais, incluindo invertebrados. As mais de 9 mil espécies conhecidas de vertebrados foram contempladas no site.
A ferramenta possui quase 15 mil diferentes espécies catalogadas, com mais de 5,5 mil deles com fichas contendo história natural do animal, distribuição no país, nível da ameaça e outras informações.
O objetivo da publicação é tornar essa base de dados mais acessível à população e agilizar a avaliação de risco. Antes do lançamento, os dados eram compilados pela troca de documentos e planilhas.
De acordo com Rodrigo Jorge, analista do ICMBio e coordenador da Coordenação de Avaliação do Risco de Extinção das Espécies da Fauna, agora “será possível reforçar a implementação de ações que promovam a conservação da nossa fauna”.
A Salve começou a ser desenvolvida em 2016 com apoio do Projeto Pró-Espécies e é financiada pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e WWF-Brasil.
A operação da plataforma fica a cargo de servidores do ICMBio.
O Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade pode ser acessado em https://salve.icmbio.gov.br/#/.