A Índia pousou, na manhã desta quarta-feira, 23, sua espaçonave Chandrayaan-3 na Lua, tornando-se a quarta nação a realizar tal feito. A missão pode consolidar o status da Índia como uma superpotência global no espaço.
Anteriormente, apenas os Estados Unidos, a China e a antiga União Soviética completaram aterrissagens suaves na superfície lunar.
O local de pouso do Chandrayaan-3 também está mais próximo do polo sul da lua do que qualquer outra espaçonave na história já se aventurou.
A região é considerada uma área de interesse científico e estratégico fundamental para as nações que viajam pelo espaço, uma vez que os cientistas acreditam que a região alberga depósitos de gelo de água.
A água, congelada em crateras sombrias, poderia ser convertida em combustível para foguetes ou mesmo em água potável para futuras missões tripuladas.
A tentativa da Índia de pousar sua espaçonave perto do polo sul lunar ocorre apenas alguns dias após a tentativa fracassada de outra nação de fazer o mesmo. A espaçonave russa Luna 25 caiu na lua em 19 de agosto depois que seus motores falharam, encerrando a primeira tentativa de pouso lunar do país em 47 anos.
Conforme o Chandrayaan-3 se aproximava da lua, suas câmeras capturaram fotografias, incluindo uma tirada em 20 de agosto que a agência espacial da Índia compartilhou na terça-feira (22). A imagem oferece um close-up do terreno cinza empoeirado da lua.
Veículo lunar foi lançado em 14 de julho
A espaçonave é capaz de orientar seu posicionamento combinando as imagens capturadas por suas câmeras com um mapa lunar programado em seu computador de bordo, de acordo com a agência espacial.
Chandrayaan, que significa “veículo lunar” em sânscrito, foi lançado do Satish Dhawan Space Center, em Sriharikota, no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia, em 14 de julho. A espaçonave está fazendo uma abordagem lenta e metódica em direção à superfície lunar.
A missão marca a segunda tentativa da Índia de completar um pouso suave na Lua. A primeira tentativa, em 2019, com o Chandrayaan-2, colidiu com a superfície lunar devido a problemas de software e dificuldades de frenagem na descida.